A queixa mais comum no consultório de fonoaudiologia infantil é a dificuldade na pronúncia do fonema “r”. Na língua portuguesa, o fonema “r” (de parede) é, normalmente, o último som que as crianças aprendem a falar. Isso porque a sua produção requer uma habilidade motora maior do que a necessária para a produção de outros fonemas. A ponta da língua toca o céu da boca, atrás dos dentes, num leve movimento vibratório que algumas crianças só conseguem realizar um pouco mais tarde.
De acordo com a literatura atual, em torno dos 4 anos de idade toda criança já deveria produzir este fonema. Inicialmente o fonema é adquirido entre vogais, ex: morango, e após em encontros consonantais, ex: prato. Substituições e omissões não são comuns após esta idade, e devem ser corrigidas para evitar dificuldades de aprendizagem (leitura e escrita).
Durante a fase de aquisição, são normais trocas do tipo “Cebolinha” (gilafa), vibração exagerada (corrrrroa), substituição (cenouia). Tais comportamentos linguísticos variam em cada criança, e diversos fatores interferem na aquisição do “r”, como respiração, tonicidade de língua, arcada dentária, assim como hábitos nocivos aos órgãos fonoarticulatórios (bico, mamadeira, sucção digital).
É importante realizar uma avaliação com Fonoaudiólogo para orientação e se necessário fonoterapia.
Ah, se você é adulto e tem dificuldade em produzir o fonema “r” a Fonoaudiologia pode te ajudar também! 😉
Renata Veronese
Fonoaudióloga CRFa 9399RS